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Como a Embraer escapou das tarifas de Trump sobre o Brasil

Embraer é isenta de tarifas comerciais pelo governo dos EUA, evitando impactos negativos em sua receita. A decisão, resultado de esforços da fabricante e de companhias aéreas americanas, levou a um aumento significativo nas ações da empresa.

Embraer foi isenta de tarifas comerciais elevadas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na quarta-feira (30). A fabricante não enfrentará impactos em sua receita semelhantes aos da pandemia de Covid-19.

A decisão foi resultado de esforços da Embraer e parceiros para provar que tarifas altas poderiam interromper entregas e afetar negócios locais. As companhias aéreas dos EUA, como Envoy Air e Piedmont Airlines, pressionaram o governo para a isenção.

O executivo da Embraer, Francisco Gomes Neto, reuniu-se com autoridades do governo Trump para defender a importância da empresa, que emprega milhares e é crucial para o setor regional. O jato E175 é visto como insubstituível nas operações regionais.

A Embraer tem cerca de 200 entregas pendentes do E175 e 70% de suas vendas de jatos executivos são para clientes norte-americanos. Companhias como a SkyWest manifestaram preocupação sobre tarifas sobre novas entregas.

Após a isenção, analistas consideram a Embraer a principal beneficiada, com ações subindo mais de 20%. O JPMorgan espera novas máximas para os papéis da empresa.

O governo brasileiro também se preocupou com as tarifas e solicitou a exclusão das aeronaves Embraer. A empresa reforçou sua importância para as economias do Brasil e dos EUA, e a maioria de suas peças vem dos EUA.

A American Airlines se mostrou otimista quanto à resolução da situação. A Embraer continuará sujeita à tarifa de 10% sobre produtos brasileiros; no entanto, membros da SkyWest indicaram que as taxas reais sobre o E175 são inferior a isso.

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