Como a Coca-Cola de açúcar de cana desafia a produção dos EUA e beneficia o Brasil
Coca-Cola anuncia lançamento de novo refrigerante adoçado com açúcar de cana, mas agricultores americanos enfrentam desafios para suprir a demanda. Importações mais caras podem resultar em preços elevados para consumidores, agravando a cadeia de suprimentos.
Coca-Cola anuncia lançamento de nova bebida adoçada com açúcar de cana nos EUA neste outono.
Produto é um passo em direção a alternativas ao xarope de milho com alto teor de frutose, mas pode acarretar aumento na demanda por açúcar que os agricultores americanos não conseguem suprir.
Agrega-se a isso a vulnerabilidade frente a tarifas impostas durante a era Trump.
Embora o uso de açúcar de cana seja comum em outros países, como o México, nos EUA ele representa apenas 30% do suprimento total, tornando a produção dependente de importações.
Preços do açúcar de cana nos EUA são atualmente mais elevados que os do mercado global, o que pode resultar em custos mais altos para os consumidores.
Se a nova Coca-Cola for bem-sucedida, a pressão por mais importações pode aumentar, especialmente do Brasil e do México.
A empresa já pesquisa fornecedores de açúcar e acredita que haverá suprimento suficiente caso a demanda cresça, segundo o CEO James Quincey.
Essa mudança pode também influenciar outras empresas, como a PepsiCo, que está atenta às preferências dos consumidores.
As ações da Coca-Cola caíram 2% após o anúncio, enquanto a PepsiCo subiu 3,3%.
Potencial impacto futuro: Se a transição para cana for significativa, as importações adicionais poderiam variar entre 300.000 e 800.000 toneladas métricas.