Como a BYD ultrapassou a Tesla e virou líder de carros elétricos
A BYD tem se destacado no setor de veículos elétricos, superando a Tesla em vendas e inovação tecnológica. A competição entre as duas empresas reflete a crescente rivalidade entre China e Estados Unidos no campo da tecnologia automotiva.
A fabricante chinesa BYD deve superar a Tesla em vendas globais de veículos elétricos (EVs) até 2025, intensificando a competição tecnológica entre China e EUA.
A Tesla, que dominava o mercado, enfrenta a BYD, que se destacou enquanto a concorrente focou em novos mercados e questões internas. Em 2024, a BYD alcançou receita superior a US$ 100 bilhões e vendeu 4,27 milhões de veículos, sendo 1,76 milhão EVs puros. A Tesla vendeu 1,79 milhão de carros elétricos no mesmo período.
No mercado chinês, a BYD detém 21% contra 8% da Tesla. Seu sucesso se dá por preços mais baixos e avanços tecnológicos, como o sistema "God’s Eye" e um carregador com autonomia de 470 km em cinco minutos, superando a Tesla.
A BYD também adota métodos inovadores, como o gigacasting, e economias em peças que poderiam ser benéficas se adotadas globalmente. Seu crescimento é favorecido por um ecossistema industrial integrado na China.
A Tesla mantém vantagens em software e IA, mas enfrenta restrições de dados na China. A BYD planeja implementar seu sistema de assistência em todos os modelos, coletando mais dados para treinar seus algoritmos.
Embora a BYD dependa de componentes estrangeiros, analistas preveem que a empresa substitua chips importados por modelos chineses. A Tesla investe em robotáxis e o robô humanoide Optimus para sustentação futura, mantendo um valor de mercado de cerca de US$ 1 trilhão.
A competição também se agrava por fatores políticos, com consumidores chineses preferindo produtos nacionais. A disputa representa mudanças significativas no setor automotivo global, fazendo com que montadoras ocidentais busquem aprender com a abordagem chinesa.
Hoje, a BYD simboliza a **maturidade** da indústria automotiva chinesa e busca reduzir sua dependência em software externo. Isso reflete uma estratégia mais ampla de Pequim para garantir autossuficiência em setores críticos, reforçando a rivalidade entre as duas maiores economias.