Como a alta dos gastos militares da Rússia e aliança com Trump aumentam pressão sobre a Europa
A Europa enfrenta um dilema de segurança exacerbado pela crescente superioridade militar da Rússia, que supera os investimentos de defesa europeus. Com a incerteza do apoio dos Estados Unidos, os líderes europeus se veem pressionados a aumentar rapidamente seus gastos em armamentos.
A Europa alerta para a necessidade urgente de garantir sua segurança, diante do aumento nos gastos militares da Rússia, que superam todos os países europeus combinados.
No último ano, os gastos da Rússia saltaram 40%, alcançando quase US$ 146 bilhões, o que representa 6,7% do PIB. Quando ajustados pela paridade do poder de compra, esse valor se eleva para US$ 461 bilhões, superior aos US$ 457 bilhões que a Europa destina à Defesa.
Os investimentos da Rússia refletem não apenas a mobilização para a guerra na Ucrânia, mas um programa contínuo de modernização militar iniciado após conflitos passados.
O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou a urgência da situação, destacando que a ameaça russa já afeta a Europa e que mudanças são necessárias na estratégia de defesa.
A pressão para aumentar os investimentos na defesa é exacerbada pela incerteza em relação ao apoio dos Estados Unidos, especialmente com Donald Trump de volta ao debate. O foco é elevar os investimentos dos aliados à meta de 5% do PIB, enquanto apenas 10 dos 32 aliados cumpria a meta de 2%.
A Europa, mesmo apresentando um crescimento de 11,7% em gastos militares no último ano, enfrenta um dilema de segurança: a rápida necessidade de aumentar a produção militar enquanto muitos equipamentos são enviados para a Ucrânia.
O novo plano “ReArm Europe” prevê 800 bilhões de euros em investimentos militares. Entretanto, a economia europeia já está sob pressão, com 17 países excedendo os limites de dívida e déficit estabelecidos.
A capacidade da indústria de Defesa da Europa é competitiva, mas falta produção em larga escala, resultado da dependência americana e da falta de investimentos prévios.
A Rússia demonstrou resiliência em sua produção bélica, mas suas perdas no campo de batalha questionam a sustentabilidade do sistema. As exportações de armas caíram, colocando em risco a competitividade da indústria russa.
Augmento dos gastos em defesa na Europa, como apontado por analistas, serve tanto para segurança quanto para complexidade social, levantando o debate entre armas ou bem-estar social na região.