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Comissário da OEA critica saída do Brasil de aliança sobre Holocausto

Comissário da OEA critica saída do Brasil da IHRA e aponta risco ao combate ao antissemitismo. Decisão ocorre em meio a tensões diplomáticas entre Brasil e Israel.

Comissário da OEA critica saída do Brasil da IHRA

Fernando Lottenberg, comissário da OEA para o Monitoramento e Combate ao Antissemitismo, criticou a decisão do Brasil de deixar a IHRA (Aliança Internacional para a Memória do Holocausto) em 25 de julho de 2025. Para ele, a medida é um equívoco, especialmente diante da crise diplomática com Israel.

A definição de antissemitismo da IHRA é reconhecida por mais de 45 países e 2.000 instituições, sendo vital no combate ao ódio contra judeus. O Brasil era membro observador desde 2021.

Lottenberg afirmou que o país deveria permanecer na IHRA, independentemente das divergências políticas com Israel. A saída foi anunciada após o apoio do Brasil à África do Sul em uma ação contra Israel na Corte Internacional de Justiça.

As relações entre Brasil e Israel se deterioraram desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente após comparações da ação militar israelense em Gaza ao Holocausto. Em resposta, o governo israelense declarou Lula persona non grata.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel acusou o Brasil de imprudência por abandonar a IHRA enquanto se junta a uma ação na CIJ contra Israel, considerando a decisão uma falha moral profunda.

Em nota, o MRE brasileiro disse que a adesão à ação na CIJ é justificada pela Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, ressaltando o dever de proteger os direitos dos palestinos.

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