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Comissão da Câmara aprova projeto que tira precatórios do teto do arcabouço fiscal

Comissão aprova PEC para renegociação de dívidas municipais, permitindo ajustes significativos no pagamento de precatórios e despesas obrigatórias. Texto ainda precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado antes da implementação.

A Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de renegociação da dívida dos municípios, elaborada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP).

A versão aprovada remove os precatórios do teto de gastos, que é atualizado anualmente pelo IPCA mais até 2,5% de ganhos reais.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já autorizou o pagamento de parte desses precatórios fora das normas fiscais até 2026, totalizando R$ 102,7 bilhões para este ano. A partir de 2027, todos os gastos precisarão se encaixar no teto.

O relator da PEC tira os precatórios do cálculo da meta fiscal até 2026, incluindo-os gradualmente em um plano de 10 anos, começando com 10% do estoque de dívidas.

O texto de Baleia Rossi foi modificado em negociação com o governo, com apoio da ministra Simone Tebet, visando cumprir metas fiscais sem aumento de impostos.

A proposta também inclui três pilares de renegociação de dívidas municipais:

  • Novo parcelamento de débitos previdenciários de até 300 meses.
  • Limite para pagamento de precatórios, desvinculando até 50% das despesas obrigatórias.
  • Correção dos precatórios pelo IPCA mais 2% de juros simples, ao invés da Taxa Selic.

O texto estipula que municípios só poderão gastar até 5% da Receita Corrente Líquida anterior com precatórios, escalonando de 1% a 5% dependendo da dívida.

Os municípios também poderão parcelar suas dívidas do Regime Próprio de Previdência em até 300 meses, mas apenas se realizarem a Reforma da Previdência em até 18 meses.

Por fim, a PEC prevê desvinculação de despesas municipais, liberando 50% das receitas em 2026, diminuindo para 30% entre 2027 e 2032, permitindo uma maior flexibilidade no uso dos recursos.

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