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Comércio entre Brasil e EUA segue aquecido, com petróleo na liderança das exportações

O comércio Brasil-EUA continua essencial para a economia nacional, apesar do déficit e da concorrência da China. Com exportações recordes em 2024, o país busca alternativas para minimizar os impactos das novas tarifas americanas.

Brasil e EUA: comércio vital apesar de 15 anos de déficit.

Desde 2009, os EUA perderam o título de maior parceiro comercial do Brasil para a China. No entanto, os EUA ainda absorvem itens tecnológicos e produtos da indústria de transformação, enquanto a China compra essencialmente commodities.

A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) relata que as exportações aos EUA são diversificadas, com 51 itens industriais representando 70% do total, incluindo aviões, máquinas e produtos químicos. Em contraste, as exportações para a China incluem apenas três produtos, todos commodities.

Em 2024, as exportações para os EUA atingiram US$ 40,3 bilhões, com um crescimento de 8,2% em relação ao ano anterior. Os EUA representam 15,5% das importações e 12% das exportações brasileiras.

A economista Carla Beni aponta que as novas tarifas do governo Trump podem impactar produtos como aço, mas o Brasil tem alternativas em outros mercados. Se houver um repasse de custos, os efeitos serão menores.

Dados recentes mostram que em abril as exportações para os EUA chegaram a US$ 3,57 bilhões, alta de 21,9%. Contudo, as exportações de aço e alumínio caíram significativamente devido às tarifas.

Os preços dos produtos manufaturados são definidos pelo exportador, enquanto os das commodities dependem do mercado. A economia brasileira pode se beneficiar em outros setores, como café e soja.

A competição com México e países asiáticos está prevista, mas a composição do comércio com os EUA não deve mudar. Retaliações tarifárias do Brasil poderiam prejudicar a indústria nacional, segundo a economista.

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