Comércio e tecnologia fortalecem China em disputa tarifária com os EUA

Impasse Comercial EUA-China

Os EUA e a China enfrentam um sério impasse comercial, com Donald Trump exigindo um acordo de Pequim.

A China, altamente dependente do mercado americano para seus produtos manufaturados, pode ter poder de negociação devido a um superávit comercial significativo de quase US$ 300 bilhões em 2022.

No entanto, economistas afirmam que a China consegue substituir importações dos EUA com mais facilidade do que o contrário. Produtos agrícolas dos EUA, como soja e carne bovina, têm baixo valor agregado em comparação com eletrônicos e máquinas chinesas.

Marta Bengoa, da Universidade da Cidade de Nova York, destaca que a dependência dos EUA em relação à China é maior. O dólar em depreciação aumentou os custos de importação para os EUA.

A China importa bens de alta tecnologia dos EUA, como semicondutores, e enfrenta desafios com a guerra comercial e as tarifas. A Goldman Sachs estima que 10 a 20 milhões de trabalhadores chineses podem ser afetados.

Desde 2018, a participação da China nas importações dos EUA caiu de 21% para 13,4%. A produção foi redirecionada para outros países, como Vietnã, que também recebe ameaças de tarifas.

Embora a China tenha mais influência devido à acumulação de dívida dos EUA, analistas acreditam que ela diversificará suas reservas monetárias.

Os EUA são dependentes da China para metais de terras raras, e Pequim controla a maior parte da produção global. Recentemente, a China impôs controles de exportação em elementos críticos, aumentando a tensão.

Os EUA, sob pressão, podem estar mais inclinados a negociar. Apesar da sensibilidade pública à pressão no governo chinês, os desafios internos não parecem ter gerado grandes descontentamentos até o momento.