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Combustível sustentável de avião avança no Brasil, mas regulamentação é barreira

O Brasil avança na adoção do combustível sustentável de aviação (SAF), com a distribuidora Vibra iniciando importações e a Petrobras planejando produção local. Apesar das iniciativas, o alto custo e a falta de regulamentação ainda representam desafios para a expansão do mercado.

O combustível sustentável de aviação (SAF) começa a ganhar mercado no Brasil. A distribuidora Vibra iniciou a importação comercial do produto, enquanto a Petrobras estuda entregas até junho deste ano. O SAF é crucial para a meta global de emissão zero de carbono até 2050.

A produção global de SAF atingiu 1,9 bilhão de litros em 2024, mas isso representa apenas 0,5% da demanda do setor aéreo. A Vibra importou 550 mil litros de SAF, suficiente para 1000 voos, e planeja atender mais rotas no Brasil. O custo do SAF é três vezes maior do que o combustível tradicional.

A Petrobras, que investe em combustíveis sustentáveis desde 2004, está desenvolvendo projetos para SAF por coprocessamento, com lançamento comercial previsto para 2025. A legislação brasileira permite apenas 5% de coprocessado.

A Be8, do Rio Grande do Sul, planeja começar a vender SAF no Paraguai, com investimentos de US$ 1 bilhão. O presidente da Be8 destacou a necessidade de regulamentação mais avançada no Brasil.

O Brasil estabeleceu metas com a lei do Combustível do Futuro, exigindo redução de emissões em 1% até 2027, aumentando para 10% até 2037. A ANP e ANAC trabalham na regulamentação da lei.

As dúvidas na indústria incluem a mistura mínima de SAF em aeroportos e a tributação. A ANP afirmou que a regulamentação está em andamento até 2025-2026. A Latam estabeleceu a meta de que 5% do combustível global seja SAF até 2030, mas alerta sobre o alto custo.

A Boeing comprometeu-se a garantir a compatibilidade de suas aeronaves com 100% de SAF até 2030.

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