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Comandantes discutiram a prisão de Moraes em “brainstorm” com Bolsonaro, diz ex-FAB

Ex-comandante revela discussões sobre a prisão de Alexandre de Moraes em reuniões com Bolsonaro. O depoimento reforça as investigações sobre tentativas de subversão da democracia após as eleições de 2022.

Ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior declarou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que chefes das Forças Armadas discutiram a possibilidade de prender o ministro Alexandre de Moraes durante reuniões com Jair Bolsonaro em 2022. A informação foi revelada no processo sobre a tentativa de golpe de Estado.

Baptista Junior mencionou que essa hipótese surgiu em um “brainstorm”, mas foi rapidamente descartada. Ele afirmou: “Amanhã o STF vai dar habeas corpus e soltá-lo. Vamos prender os outros?”.

O ex-comandante participou de cinco encontros com Bolsonaro em novembro de 2022, após a derrota de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva. As reuniões aconteceram nos dias 2, 12, 14, 22 e 24, com a presença de outros comandantes das Forças Armadas e do então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.

Inicialmente, os encontros tinham como objetivo discutir medidas de Garantia da Lei e da Ordem devido à escalada de tensão, mas Baptista Junior percebeu, a partir de 11 de novembro, que Bolsonaro visava impedir a posse de Lula, desviando o foco da segurança para um objetivo político.

O depoimento reforça a tese da Procuradoria-Geral da República (PGR) de que Jair Bolsonaro e seus aliados tentaram subverter o resultado das eleições.

Com o término das oitivas das testemunhas de acusação, o STF deve avançar com a oitiva das testemunhas de defesa e análise processual nas próximas semanas.

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