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‘Com visibilidade na política fiscal, investidor daria mais peso ao brasil’, diz presidente do J.P. Morgan Brasil

Marcelo Gaiani, CEO do J.P. Morgan Brasil, destaca que a redução na taxa de juros americana pode abrir novas oportunidades de investimento no país. No entanto, ele enfatiza que a disciplina nas contas públicas é essencial para maximizar os benefícios dessa rotação de carteiras.

CEO do J.P. Morgan Brasil, Marcelo Gaiani, analisa cenário econômico atual.

Com oito meses à frente do banco, Gaiani destaca que a guerra comercial e a perspectiva de redução de juros nos EUA criam um ambiente favorável para investimentos em outras economias, incluindo o Brasil.

Apesar de um saldo positivo de R$ 21,69 bilhões em ações na B3, o Brasil poderia se beneficiar mais com disciplinas nas contas públicas.

Empresas locais estão mais impactadas pela alta dos juros do que pela guerra comercial. Gaiani comenta que, para estruturações de abertura de capital, é necessário um juro mais baixo.

A guerra tarifária gera incertezas no cenário econômico, mas o impacto é menor para o Brasil em comparação com juros altos, que afetam as decisões de investimento.

Com a possível queda do juro americano, o Brasil pode ver um dólar mais fraco e atração de investimentos para emergentes, o que inclui a China e outros países da América Latina.

No final de 2022, o banco rebaixou a recomendação das ações brasileiras, mas mudou após a mudança de precificação e nova análise do cenário econômico.

A disciplina das contas fiscais é crucial para atrair investidores internacionais. Se o Brasil mostrar clareza e consistência, poderá aumentar seu peso nos portfólios globais.

O banco prevê uma queda de juros em torno de 4,25 pontos percentuais até 2026 e está preparando seus clientes para possíveis IPOs.

Por fim, o J.P. Morgan utiliza Inteligência Artificial para melhorar a produtividade, permitindo que colaboradores economizem 10% do tempo em atendimento ao cliente.

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