Com tarifas, Trump promete o renascimento industrial dos EUA. Ilusão nostálgica ou realmente possível?
Tarifas de importação visam revitalizar indústria americana, mas enfrentam ceticismo de especialistas. Economistas alertam sobre riscos elevados e efeitos negativos sobre a economia doméstica.
Imposição de tarifas de importação pelos Estados Unidos, lideradas por Donald Trump, sinaliza uma tentativa de reviver a indústria americana, afetada por declínios ao longo das décadas.
No pós-guerra, a indústria representava mais de 20 milhões de empregos, mas atualmente, apenas 8% da força de trabalho está no setor.
Apesar da riqueza nacional em alta, a economia mudou, com predominância de empregos nos serviços e muitos centros industriais deteriorados, afetando a base de apoio a Trump.
A nova política tarifária de Trump, anunciada no Jardim das Rosas, demonstra uma rejeição ao livre-comércio e promete retorno de empregos e fábricas. Economistas, no entanto, mostram ceticismo quanto à efetividade dessa medida.
Um post da Casa Branca posita os EUA como uma “Superpotência Global na Indústria”, mas especialistas afirmam que o declínio do setor não pode ser revertido apenas por tarifas, dado o avanço da automação e do mercado global.
A busca por liberdade comercial no século XXI trouxe benefícios ao consumidor, mas acentuou o declínio da indústria. A administração Biden buscou uma abordagem diferente, apoiando sindicatos e indústrias emergentes, mas agora as tarifas de Trump estão de volta.
Apesar das preocupações com o impacto que tarifas elevadas podem ter sobre o custo de produção e no bem-estar do consumidor, há apoio entre alguns grupos, como o UAW.
Por outro lado, analistas ressaltam que tarifas podem ser um “tiro no próprio pé”, já que muitas importações são insumos essenciais. O déficit comercial não foi reduzido durante o primeiro mandato de Trump.
Reflexões sobre a nova estratégia tarifária vão desde críticas à instabilidade causada até a expectativa de que tarifas atraiam indústrias de volta, sendo que o futuro permanece incerto.