Com tarifaço de Trump, investidores querem saber quais empresas estão gastando mais do que ganham
Wall Street se volta para os investimentos de capital em meio à incerteza econômica, enquanto empresas como JB Hunt e FedEx já anunciam cortes em seus planos. As projeções pessimistas dos líderes corporativos podem sugerir uma retração nos gastos industriais e implicações mais amplas para a economia.
Wall Street está redirecionando o foco dos lucros trimestrais para os investimentos de capital das empresas americanas.
Incertezas em torno das tarifas do presidente Donald Trump fazem investidores analisarem o quanto as empresas estão dispostas a gastar para expandir.
Scott Ladner, da Horizon Investments, expressou pessimismo: “Não é um ambiente normal, então as empresas se tornam conservadoras”.
A JB Hunt e a FedEx já reduziram seus planos de investimento, indicando um pessimismo crescente.
Pesquisas mostraram que fabricantes reportaram uma queda nos planos de investimento, com apenas 26% dos líderes corporativos planejando aumentar os gastos.
A produção industrial caiu pela primeira vez em quatro meses, enquanto um modelo do Goldman Sachs previu impacto negativo nas taxas de investimento devido à incerteza política.
Os gastos das maiores empresas do S&P 500 com inteligência artificial continuam, mas decisões como a da Microsoft de pausar investimentos geram dúvidas.
Resultados de gigantes como Caterpillar e Boeing na próxima semana devem revelar as tendências de investimento.
Empresas mais vulneráveis: setores intensivos em capital e com exposição ao comércio estão em uma posição delicada. Fabricantes podem adiar ou cancelar projetos devido à insegurança.
Decisões de cortar investimentos impactarão a cadeia de suprimentos e empresas que fabricam caminhões e peças serão afetadas negativamente.
Ladner acrescenta que, apesar das incertezas, tarifas podem incentivar algumas empresas a expandir sua capacidade de manufatura nos EUA.