Com tarifaço, AEB estima queda de 27,4% do superávit comercial brasileiro em 2025
A Associação de Comércio Exterior do Brasil revisou suas previsões para o superávit da balança comercial em 2025, citando o impacto negativo do tarifaço de 50% dos EUA. Além disso, destaca a dificuldade em prever o futuro comercial do país diante de fatores globais complexos.
AEB revisa projeção de superávit da balança comercial brasileira para 2025
A partir de 1º de agosto, os Estados Unidos aplicarão um tarifaço de 50% ao Brasil. Em decorrência disso, a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) diminuiu suas expectativas para o superávit da balança comercial brasileira.
- Exportações em 2025: US$ 337,509 bilhões (0,1% acima de 2024).
- Importações em 2025: US$ 283,395 bilhões (8% acima de 2024).
- Superávit estimado: US$ 54,114 bilhões, uma queda de 27,4% em relação a 2024.
A AEB ressalta que as previsões para 2023 e 2024 foram desafiadoras e a perspectiva para 2025 é ainda mais complexa devido às tarifas dos EUA. Ela critica as taxas como "impostas por impulso" e alerta para o risco de novas retaliações.
O relatório menciona fatores que influenciam a balança comercial, como:
- Guerra na Ucrânia e Rússia
- Instabilidade econômica global
- Agressividade comercial da China
- Enfraquecimento da OMC
- Inflação internacional e oscilações cambiais
A acomodação dos preços das commodities deverá beneficiar as exportações, mas tornará o comércio brasileiro mais dependente e sem agregar valor. A AEB prevê um crescimento de 3,6% na corrente de comércio, totalizando US$ 620,904 bilhões em 2025, o que considera incompatível com a economia do país.
O estudo também indica que as exportações de soja em grão podem alcançar 113 milhões de toneladas, superando o recorde de 99 milhões de toneladas de 2024. Soja em grão e petróleo bruto devem ultrapassar US$ 45 bilhões em exportações.