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Com tarifaço, AEB estima queda de 27,4% do superávit comercial brasileiro em 2025

A AEB revisa a projeção de superávit da balança comercial brasileira para 2025, reduzindo a expectativa em 27,4%. A entidade ressalta que o aumento das tarifas de importação dos EUA e outros fatores globais dificultam previsões mais otimistas.

Tarifaço dos EUA impacta balança comercial brasileira em 2025

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) revisou para baixo a projeção do superávit da balança comercial brasileira para 2025.

As exportações devem totalizar US$ 337,509 bilhões, crescimento de 0,1% em relação a 2024. Já as importações estão previstas em US$ 283,395 bilhões, aumento de 8% em relação ao ano anterior.

O superávit estimado será de US$ 54,114 bilhões, uma queda de 27,4% em comparação aos US$ 74,554 bilhões de 2024.

A AEB destacou a dificuldade de previsões em função do novo tarifaço e outras condições, como a guerra na Ucrânia e a instabilidade econômica mundial. A associação critica as tarifas americanas, considerando-as "por impulso e sem qualquer tecnicidade".

Além do tarifaço, a AEB apontou que a acomodação dos preços das commodities beneficiará as exportações, mas tornará o comércio mais dependente delas, sem agregar valor.

A corrente de comércio brasileira deve crescer 3,6%, totalizando US$ 620,904 bilhões em 2025, valor considerado "incompatível" com a economia do país.

O estudo prevê que as exportações de soja podem atingir um recorde de 113 milhões de toneladas em 2025, superando as 99 milhões de 2024, e tanto a soja quanto o petróleo bruto poderão ultrapassar US$ 45 bilhões em exportações.

Segundo a AEB, o futuro do comércio exterior brasileiro depende da aprovação de reformas estruturais, especialmente a reforma tributária, e da redução do Custo-Brasil.

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