Com reestruturação, Azul deixa acordo com Gol em segundo plano
Azul inicia recuperação judicial nos EUA enquanto negociações com Gol aguardam desdobramentos. Expectativa é que processo seja finalizado ainda neste ano, mas desafios imprevistos podem surgir.
Impasse nas negociações entre Azul e Gol por uma união de forças ocorre após a Azul iniciar seu "Chapter 11" (recuperação judicial nos EUA), conforme informado nesta quarta-feira. O plano é concluir a reestruturação até o fim do ano.
A Azul já levantou US$ 1,6 bilhão em financiamento DIP e planeja reduzir sua frota em 35%, ajudando a eliminar dívidas significativas. Seu objetivo é retirar cerca de US$ 2 bilhões de passivos do balanço, incluindo dívidas de arrendamento com a AerCap.
Parcerias estão em andamento com empresas como a EuroAtlantic e a Hi Fly para resolver problemas de fornecimento de peças e componentes, especialmente para aeronaves de grande porte. Azuis perdeu até 3% de sua oferta de assentos devido a falhas na cadeia de suprimentos.
Surpreendentemente, as americanas American Airlines e United pretendem investir até US$ 300 milhões na Azul, apesar de a American ser acionista da Gol, gerando especulações no mercado.
A dívida da Azul no primeiro trimestre é de R$ 31,35 bilhões, com um aumento de 50,3% em relação ao ano anterior. O "Chapter 11" é repleto de incertezas, como demonstrado pelo histórico da Gol e da Latam, que enfrentaram desafios em suas reestruturações.
Fontes apontam que a Azul espera um processo mais ágil, mas os imprevistos podem impactar a conclusão, já que a Gol também enfrentou atrasos durante sua recuperação judicial.