Com oposição rachada, Venezuela faz eleição legislativa e regional
O pleito, marcado por uma oposição fragmentada e acusações de fraude, ocorre em meio a tensões políticas e segurança elevada. A participação dos eleitores será decisiva para moldar o futuro legislativo da Venezuela e o controle governamental nas regiões.
Venezuela vai às urnas neste domingo (25 de maio de 2025) para eleger 285 deputados da Assembleia Nacional e 24 governos estaduais, em meio a uma oposição dividida.
Este é o primeiro pleito desde a eleição presidencial de julho de 2024, onde Nicolás Maduro foi reeleito, acusado de fraude por opositores e entidades internacionais.
Nos dias que antecederam as eleições, o governo anunciou a prisão de 38 pessoas, supostamente envolvidas em uma tentativa de golpe de Estado, e atribuiu a ex-presidentes colombianos a responsabilidade.
Entre a oposição, María Corina Machado prega a abstenção, enquanto o ex-governador Henrique Capriles defende o voto como forma de resistência ao governo chavista.
- Machado, impossibilitada de concorrer, indicou o diplomata Edmundo González para a eleição, que se encontra asilado na Espanha.
- Ela critica a eleição, alegando que votar sustenta a fraude e o controle do CNE.
- Capriles busca mobilizar eleitores para reduzir o domínio chavista na Assembleia, onde o governo detém cerca de 90% do controle.
Partido Comunista da Venezuela (PCV) não participará das eleições, citando falta de garantias eleitorais e advertindo sobre os riscos à democracia.
Maduro, em um apelo à população, prometeu uma nova vitória da Revolução Bolivariana e convocou seus apoiadores a irem às urnas.
Com informações da Agência Brasil.