Com o “tarifaço” de Trump, Singapura busca estreitar laços com outros blocos e países
Singapura reforça suas relações comerciais na Asean e busca expandir laços com a América Latina, preocupada com as implicações da guerra tarifária entre EUA e China. O país, que depende fortemente de importações, enfrenta desafios diante de um cenário econômico global incerto e busca diversificar suas fontes de alimentos.
Incertezas globais devido à guerra tarifária de Donald Trump levam países a buscarem novos laços.
Singapura se destacou na cúpula da Asean, com a intenção de ampliar integração e reduzir tarifas comerciais com a China e o Conselho de Cooperação do Golfo.
Com cerca de 6 milhões de habitantes, Singapura é um importante hub financeiro e comercial. O comércio de 2024 deve atingir US$ 1,2 trilhão.
O chanceler Vivian Balakrishnan enfatizou: “O comércio não é só retórica, é essencial para a nossa sobrevivência”.
O governo de Singapura teme os efeitos nefastos da guerra tarifária, especialmente com um possível aumento de preços nos alimentos importados, considerando que o país importa mais de 90% do que consome.
Além de diversificar importações, Singapura é signatária do CPTPP e, no final de 2023, assinou um acordo de livre comércio com o Mercosul, que aguarda ratificação.
Balakrishnan defende um fortalecimento das relações entre Singapura e a América Latina, sugerindo que é hora de olhar para o Pacífico e as oportunidades que ele oferece.