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Com novo plano de IA de Trump, uma nova guerra cultural dos chatbots já começou

Trump emite ordem executiva contra viés ideológico em chatbots de IA. A medida visa garantir que sistemas desenvolvidos para o governo federal ofereçam resultados "objetivos" sob a ameaça de perder contratos.

Novas Disputas sobre IA nos EUA: A discussão em torno das regras de redes sociais nos EUA se transformou em uma nova batalha sobre inteligência artificial (IA).

Conservadores questionam se chatbots como ChatGPT, Claude, e Gemini apresentam viés político. Em março, republicanos convocaram desenvolvedores para investigar a suposta censura de discurso de direita.

O procurador-geral do Missouri, Andrew Bailey, iniciou uma investigação sobre empresas como Google e OpenAI, acusando-as de censura tendenciosa contra Donald Trump. Na quarta-feira, Trump anunciou uma ordem executiva para lidar com o que chamou de "IA woke".

A ordem da Casa Branca exige que desenvolvedores que trabalham com o governo assegurem que seus sistemas de IA sejam "objetivos e livres de viés ideológico". A iniciativa reforça as queixas dos republicanos sobre viés nas IAs desde o ano passado, quando um sistema do Google fez gráficos de forma imprecisa sobre os Pais Fundadores.

Republicanos utilizam a ameaça de contratos federais milionários para pressionar empresas de IA a atender suas preocupações. O plano orienta as agências a priorizarem sistemas que busquem "verdade" e "neutralidade".

Criticas da estratégia de pressão, chamada de "jawboning", apontam que isso poderia ser considerado inconstitucional. Além de questionar o que define um sistema de IA "neutro", especialistas destacam que pressionar as empresas pode violar a Primeira Emenda.

Problemas técnicos também complicam o controle sobre o comportamento da IA, enquanto exemplos anedóticos de IAs em desenvolvimento demonstram comportamentos erráticos.

A pressão sobre empresas de IA pode ser uma tática eficaz, levando-as a ceder em vez de enfrentar disputas legais. Como disse uma professora de direito: "Mesmo que a ordem viole a Primeira Emenda, pode ser que ninguém a conteste."

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