Com mercado financeiro dividido, Banco Central pode interromper ciclo de alta dos juros nesta quarta
Copom se reúne nesta semana para decidir se interrompe a alta da Selic. Expectativa do mercado é de que a taxa permaneça em 14,75% ao ano, com vislumbres de estabilidade no futuro.
Banco Central do Brasil (BC) se reunirá nesta semana para discutir a taxa Selic, atualmente em 14,75% ao ano, o maior nível em quase 20 anos.
A decisão será anunciada na próxima quarta-feira (18), após as 18h.
A maioria do mercado, segundo pesquisa do BC, acredita que já é possível interromper o ciclo de alta de juros, que começou em setembro do ano passado.
O Itaú prevê que o Copom manterá a Selic em 14,75% ao ano, sinalizando estabilidade a longo prazo. Em contraste, o Banco ABC Brasil projeta um possível aumento para 15% ao ano.
A taxa Selic é o principal instrumento do BC para combater a inflação, que afeta especialmente a população de baixa renda.
- O BC opera com metas de inflação; se a projeção está em linha, pode reduzir juros.
- Para 2025 a 2028, a inflação projetada está acima da meta de 3%.
- O BC atualmente prevê que a meta de inflação pode não ser cumprida novamente em junho.
O BC afirma que a desaceleração econômica é parte da estratégia para conter a inflação.
- O "hiato do produto" indica que a economia opera acima do crescimento potencial.
- Taxas de juros elevadas já impactam a geração de empregos.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, recentemente expressou que taxas elevadas devem ser mantidas por mais tempo.
Em entrevista, Galípolo discutiu seu alinhamento com o ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto, que enfrentou críticas durante sua gestão.
Campos Neto destacou que todos os banqueiros centrais enfrentam críticas, mas é importante que o BC mantenha sua tecnicidade e comunicação clara.