Com flexibilização cambial e apoio do FMI, Argentina tem nota de crédito elevada novamente pela Moody’s
Moody's elogia as reformas do governo Milei e destaca a redução do risco de crédito da Argentina. As medidas tomadas prometem estabilizar a economia e permitir uma transição para um regime cambial mais sólido.
A agência Moody’s Ratings elevou pela segunda vez neste ano a nota de crédito da Argentina, subindo de Caa3 para Caa1. A perspectiva foi alterada de positiva para estável.
A melhora é atribuída à redução dos controles cambiais e ao suporte do Fundo Monetário Internacional. As políticas do presidente Javier Milei são elogiadas por conter a inflação e reverter déficits fiscais. A Moody’s declarou que a melhora reflete a diminuição do risco de um evento de crédito.
A nota já havia sido elevada em janeiro de Ca para Caa3. A Fitch Ratings também ajustou a classificação da Argentina, enquanto a S&P Global Ratings manteve a nota em CCC.
Resultados positivos:
- A inflação mensal abaixo de 2% e a anual no menor nível desde 2020.
- Perspectiva de superávit primário em 2025, aliviando a dívida.
- Crescimento econômico de 7,7% em abril.
Cuidado cauteloso: Apesar do progresso, Wall Street alerta que o governo precisa acumular reservas em moeda forte, com o peso atualmente acima de 1.200 pesos por dólar.
Preocupações políticas: A capacidade de Milei de aumentar o apoio no Congresso nas eleições legislativas deste ano é incerta, representando um teste crucial para sua agenda de austeridade. Os títulos argentinos em dólar desvalorizaram em comparação a pares antes do anúncio da Moody’s.