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Com estoques globais baixos, Brasil pode ter dificuldade de encontrar alternativa ao diesel russo, diz especialista

Brasil enfrenta desafios para substituir diesel russo diante de possíveis sanções dos EUA. Especialistas alertam que alternativas limitadas e custos altos podem complicar a situação.

O Brasil enfrenta desafios para substituir o diesel russo devido a possíveis sanções dos Estados Unidos.

No primeiro semestre de 2025, a Rússia foi o principal fornecedor de diesel para o Brasil, com US$ 2,5 bilhões em compras.

Os EUA ocuparam a segunda posição, com US$ 1,04 bilhão.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou a intenção de impor tarifas secundárias de 100% sobre produtos russos, caso não haja acordo de paz na Ucrânia em 50 dias.

Mark Rutte, da OTAN, alertou que Brasil, China e Índia podem ser afetados pelas sanções caso continuem a negociar com a Rússia.

Segundo Felipe Perez, da S&P, o Brasil pode ter dificuldades em encontrar outra fonte de diesel, considerando os baixos estoques globais. O diesel americano pode ficar mais caro, e a Índia, um possível substituto, também é grande consumidora de diesel russo.

A Nigéria e países do Oriente Médio são opções, mas os custos de frete e baixos volumes de entrega podem ser impeditivos.

O diesel russo ganhou destaque nas importações brasileiras em 2023, devido a sanções da UE e EUA, levando a Rússia a ajustar preços para manter competitividade.

No ano passado, o Brasil importou US$ 4,5 bilhões em diesel russo, comparado a apenas US$ 95 milhões em 2022.

Em 2024, as importações continuaram elevadas, totalizando US$ 5,4 bilhões, com os EUA em segundo lugar, com US$ 1,4 bilhão.

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