Com bolsonaristas e sem petistas, União e PP anunciam federação, que terá maior bancada no Congresso
União Brasil e PP formam federação e se afastam do governo Lula. A nova coalizão, chamada União Progressista, promete mudanças no cenário político com foco na modernização do Estado e nas eleições de 2026.
BRASÍLIA – O União Brasil e o PP formaram uma nova federação chamada União Progressista, anunciada em evento no Salão Negro da Câmara dos Deputados, com apoio de figuras do Centrão e ausência de petistas.
A nova federação terá:
- Maior bancada na Câmara dos Deputados (107)
- Maior bancada no Senado Federal (14)
- Seis governadores
- R$ 950 mil anuais do Fundo Partidário
- Quatro ministros
Líderes do União Progressista pretendem se desvincular do governo Lula. O manifesto da federação, lido pelos presidentes Antônio Rueda (União) e Ciro Nogueira (PP), defende a “modernização do Estado” e um “choque de prosperidade”.
O manifesto critica a fragmentação da representação parlamentar, proposta como um obstáculo à governação do País, e apelida a reforma pretendida como “modernizadora”.
Ronaldo Caiado, governador de Goiás e pré-candidato à presidência em 2026, criticou a política fiscal do governo e previu vitória nas próximas eleições.
Antônio Carlos Magalhães Neto, vice-presidente do União, sugeriu que a federação deve se desvincular do governo no segundo semestre de 2025. Atualmente, o União tem três ministérios e o PP um.
A nova federação enfrentará impasses em diversos Estados, como na Bahia, onde o PP deseja apoiar Lula, enquanto o União é adversário do PT. A expectativa é que diretórios estaduais sejam controlados pelo nacional em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Uma liderança afirmou que decisões em Estados com conflitos devem priorizar a candidatura mais competitiva.