Com bear market e perda de US$ 5 tri, mercado se divide sobre o ‘buy the dip’
Wall Street enfrenta queda acentuada em meio a tensões comerciais e riscos de recessão. O S&P 500 registra uma das maiores perdas desde o início da pandemia, enquanto analistas preveem um futuro incerto para o mercado.
Resumo da semana econômica:
A sexta-feira (4) foi marcada por uma intensa venda de ações, com o S&P 500 chegando a sua pior queda de dois dias desde março de 2020, eliminando aproximadamente US$ 5 trilhões em valor de mercado. O Nasdaq 100 entrou em bear market, acumulando uma queda de 20%.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, alertou que os danos de uma guerra comercial serão maiores do que o esperado, resultando em inflação alta e crescimento lento. Apesar dos riscos, Powell manteve uma abordagem cautelosa sobre as taxas de juros.
Ações chinesas listadas nos EUA, como Alibaba e Baidu, também sofreram quedas, enquanto grandes bancos enfrentaram uma queda acentuada. Analistas recomendaram que investidores não comprassem ativos que caíram, prevendo que a guerra comercial poderia levar a uma recessão severa.
Trump reafirmou que suas políticas econômicas não mudariam, enquanto discutiu com o Vietnã, resultando em alta nas ações de empresas com operações lá. Os investidores começaram a mostrar capitulação, com grandes vendas de ações em comportamento contraditório. JPMorgan reportou vendas líquidas recordes de US$ 1,5 bilhão por investidores de varejo.
O relato financeiro sugere que enquanto alguns veem oportunidades de compra, muitos analistas mantêm uma visão pessimista sobre o mercado a curto prazo. As expectativas para cortes de juros pelo Fed aumentaram, mas incertezas permanecem sobre a eficácia dessas medidas frente às tarifas.
Conclusão: O mercado enfrenta grandes desafios à medida que tensões comerciais e políticas tarifárias impactam o crescimento econômico, levando a uma resposta cautelosa dos investidores.