Com ataques entre Israel e Irã, petroleiros evitam atravessar o Estreito de Ormuz
Frontline nega novos contratos para navegação no Estreito de Ormuz em meio a tensões no Oriente Médio. A decisão reflete preocupações sobre segurança e possíveis disrupções no transporte marítimo global.
Frontline, a maior empresa de petroleiros com capital aberto do mundo, está recusando novos contratos para navegar pelo Estreito de Ormuz após o recente ataque de Israel ao Irã, segundo seu CEO, Lars Barstad.
A decisão é um dos primeiros sinais de disrupção nos padrões de transporte marítimo globais, com preocupações sobre a segurança nessa rota vital que conecta o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã.
Cerca de 25% do petróleo mundial e um terço da produção de gás natural liquefeito passam pelo estreito. Barstad afirmou que "extremamente poucos" armadores estão aceitando fretes para a região.
Ele confirma que a Frontline não está contratando para entrar no Golfo e que os navios na área seguirão com escolta de marinhas internacionais.
O Irã pode causar grande disrupção no tráfego marítimo, e há receios sobre o apoio do país aos rebeldes Houthis no Iêmen para intensificar ataques.
Correntes de ataques forçaram companhias a evitar a rota tradicional entre Ásia e Europa, com seguros aumentando 20% devido aos riscos.
Peter Sand, analista da Xeneta, destacou inevitáveis disrupções e congestionamentos se navios deixarem de usar Jebel Ali. O Irã, apesar da tensão, é visto como dependente de sua receita do petróleo, o que pode impedir um fechamento total do estreito.
A Frontline viu suas ações subirem 7,5% em Nova York na sexta-feira.