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Com ajuda do aumento do IOF, arrecadação federal soma R$ 234 bilhões e bate recorde em junho

Arrecadação recorde de R$ 234,5 bilhões em junho supera expectativas e reflete aumento do IOF e de outros tributos. No semestre, o governo federal também atinge seu maior valor histórico, com R$ 1,42 trilhão acumulados.

Arrecadação federal chegou a R$ 234,5 bilhões em junho de 2023, segundo a Receita Federal.

O valor representa um aumento real de 6,6% em comparação com junho de 2022, quando foi de R$ 220 bilhões (corrigido pela inflação).

Esse é o maior registro de junho desde 1995, ano de início da série histórica.

O recorde foi impulsionado pelo aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), que arrecadou R$ 8,02 bilhões, com um crescimento real de 38,83%.

O IOF foi ajustado e vigorou até 27 de junho, quando foi contestado pelo Congresso, sendo retomado quase na totalidade em 16 de julho pelo STF.

No primeiro semestre de 2023, a arrecadação totalizou R$ 1,42 trilhão (sem correção), e R$ 1,44 trilhão (corrigido), com um crescimento real de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Além do IOF, a arrecadação se beneficiou de aumentos em vários tributos, como:

  • Tributação de fundos exclusivos e "offshores";
  • Mudanças na tributação de incentivos por estados;
  • Retomada da tributação de combustíveis;
  • Tributação das bets;
  • Imposto sobre encomendas internacionais;
  • Reoneração gradual da folha de pagamentos;
  • Fim de benefícios para o setor de eventos (Perse).

A elevada arrecadação é crucial para o governo zerar o rombo das contas públicas em 2023, conforme a meta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.

O governo pode tolerar um déficit de até 0,25% do PIB (aproximadamente R$ 31 bilhões) e excluir R$ 44,1 bilhões em precatórios para cumprir a meta.

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