Com ajuda do atraso no Orçamento, contas públicas têm superávit de R$ 3,6 bi em março
Setor público registra superávit primário de R$ 3,6 bilhões em março, apesar de déficits do governo federal e estatais. Dívida bruta atinge R$ 9,1 trilhões, representando 75,9% do PIB.
Superávit Primário: O setor público consolidado registrou um superávit primário de R$ 3,6 bilhões em março, segundo dados do Banco Central (BC). Este resultado considera as receitas e despesas da União, estados, municípios e empresas estatais, excluindo o setor financeiro e a Petrobras.
A menor liberação de recursos pelo governo, devido a atrasos na aprovação do Orçamento de 2025, influenciou os resultados. O déficit foi de R$ 2,3 bilhões no governo federal e R$ 566 milhões nas estatais, enquanto estados e municípios contribuíram com um superávit de R$ 6,5 bilhões.
No acumulado de 12 meses, o déficit primário ficou em R$ 13,5 bilhões, equivalendo a 0,11% do PIB, apesar do aumento na arrecadação e atividade econômica. O déficit, considerando as despesas com juros, foi de R$ 71,6 bilhões em março.
Dívida Bruta: A dívida bruta do Brasil alcançou R$ 9,1 trilhões em março, representando 75,9% do PIB, uma redução de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior. A variação foi influenciada por:
- Redução do PIB nominal: 0,6 ponto percentual
- Resgate líquido de dívida: 0,3 ponto percentual
- Valorização cambial: 0,1 ponto percentual
- Juros nominais apropriados: alta de 0,8 ponto percentual
Dívida Líquida: A dívida líquida, que desconsidera os ativos do governo, caiu para 61,6% do PIB, um aumento de 0,1 ponto percentual em comparação com o mês anterior.