HOME FEEDBACK

‘Com a IA, a defesa digital pode acertar o tempo todo’, diz CEO de uma das maiores empresas de cibersegurança do mundo

Nadav Zafrir, CEO da CheckPoint, destaca que a inteligência artificial não apenas aumenta a complexidade das redes digitais, mas também se torna um novo vetor de ataques cibernéticos. Ele alerta para a necessidade de desenvolver proteções robustas e automatizadas para enfrentar essa nova era de ameaças.

Complexidade nas redes digitais aumenta os riscos de ataques cibernéticos, segundo Nadav Zafrir, CEO da CheckPoint, uma das principais empresas de cibersegurança.

Ele destaca a inteligência artificial (IA) como uma nova superfície de ataque e uma ferramenta que potencializa cibercrimes. Em entrevista ao GLOBO, Zafrir enfatiza a necessidade de proteções robustas contra os crescentes desafios.

Zafrir chama atenção para o uso de deepfakes e campanhas de desinformação, com impacto em governos e empresas, reforçando a dificuldade em obter visibilidade nas redes em malha hiperconectadas.

Os desafios incluem:

  • A IA como novo vetor de ataque;
  • Uso da IA pelos atacantes para operações mais sofisticadas.

Embora as empresas de cibersegurança estejam investindo em IA, Zafrir acredita que essa é uma competição assimétrica e que os atacantes se movem mais rapidamente que os defensores.

Para equilibrar essa situação, a CheckPoint está desenvolvendo soluções como:

  • Copilotos de IA para cibersegurança;
  • Infinity Playblocks para automatizar respostas a ameaças;
  • AI Ops para previsão de problemas.

Zafrir reconhece que sistemas automatizados podem errar, mas acredita que mecanismos de checagem são essenciais para minimizar os riscos.

Sobre as campanhas de desinformação, ele ressalta a conexão entre governo e setor privado, afirmando que as táticas de ataque são aplicáveis a ambos de forma semelhante.

A América Latina sofre com uma média de 2.569 ataques cibernéticos por semana, 40% acima da média global, devido a fatores como guerra cibernética, ransomware e vulnerabilidades na segurança da nuvem.

No Brasil, os cibercriminosos estão cada vez mais atentos, mirando onde há dinheiro e utilizando técnicas como roubo de informações para ransomware.

Leia mais em o-globo