Com 72,34% das urnas apuradas, centro-direita lidera em Portugal
A coligação liderada por Luís Montenegro se destaca nas eleições, enquanto o PS de Pedro Nuno Santos e o Chega de André Ventura disputam a liderança da oposição. A crise política e o caso da empresa Spinumviva marcaram a campanha eleitoral em meio a desafios habitacionais e questões de imigração.
AD lidera eleições legislativas em Portugal
A AD, coligação de centro-direita formada pelo PSD e CDS-PP, lidera as eleições legislativas de Portugal, realizadas em 18 de maio de 2025. Com 72,34% das urnas apuradas até as 16h45, a coligação do primeiro-ministro Luís Montenegro possui 13 cadeiras na Assembleia da República.
O PS, seu principal adversário, aparece com 4 assentos, empatando com o partido de direita Chega. O Chega tem 23,47% dos votos, enquanto o PS contabiliza 22,87%. A AD lidera com 36,65% dos votos.
Este é o terceiro pleito em pouco mais de 3 anos, após a queda do governo minoritário de Montenegro devido a uma crise política relacionada à sua empresa, a Spinumviva. Montenegro foi acusado de possíveis conflitos de interesse, mas negou ilegalidades.
A Assembleia da República deve nomear um novo primeiro-ministro em breve. As eleições foram convocadas pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa após a rejeição de uma moção de confiança ao governo de Montenegro.
Além da crise política, a campanha focou em temas como habitação e emigração. O líder do Chega, André Ventura, ganhou popularidade com políticas anti-imigração, que também foram adotadas por partidos rivais.
O cenário migratório em Portugal é desafiador, com mais de 1,5 milhão de imigrantes residentes regularizados, e a imigração tornou-se vital para o mercado de trabalho e o sistema previdenciário.
Segundo a Aima, em 2024, os imigrantes contribuíram com €3,64 bilhões para a Segurança Social, evidenciando a importância desse grupo para a economia portuguesa.