Colômbia suspende ofensiva contra dissidência das Farc para avançar em diálogo
Gustavo Petro busca alternativas para retomar diálogos de paz com dissidentes das Farc após expiração de cessar-fogo. A medida visa garantir segurança e estabilidade nas áreas afetadas pelo conflito.
Gustavo Petro, presidente da Colômbia, ordenou nesta sexta-feira (18) a suspensão de uma ofensiva militar contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
A medida visa avançar nas negociações de paz com a facção dissidente conhecida como Estado-Maior Central (EMC).
A suspensão ocorreu após o vencimento do acordo de cessar-fogo bilateral entre o governo e o EMC, que não faz parte do acordo de paz de 2016.
A nova ordem, válida até 18 de maio, foi emitida por decreto e busca garantir a segurança nas áreas de atuação da dissidência e a produção agrícola.
O cessar-fogo entre Bogotá e o EMC iniciou em outubro de 2023 e deverá terminar em janeiro de 2024. O governo esclareceu que o término do acordo não significa o fim das negociações de paz.
Embora o cessar-fogo esteja em vigor, a guerrilha e outros grupos armados continuam a lutar pelo controle de atividades ilícitas, como tráfico de drogas e mineração ilegal.
As negociações com o EMC, que possui cerca de 1.500 membros, fazem parte dos esforços de Petro para encerrar um conflito armado que já resultou em mais de 450 mil mortos ao longo de seis décadas. Contudo, seu governo tem enfrentado pouco progresso desde 2022.