Cofundador do Instagram afirma que o app poderia ter prosperado sem a Meta
Kevin Systrom defende que o Instagram teria prosperado independentemente da aquisição pela Meta, levantando questões sobre monopólio e recursos durante o julgamento antitruste. Suas declarações ressaltam a tensão entre a autonomia do Instagram e o controle que a Meta exerce sobre a plataforma.
Kevin Systrom, cofundador do Instagram, declarou que seu aplicativo poderia ter prosperado mesmo sem a aquisição pela Meta. Ele alegou que o CEO Mark Zuckerberg começou a ver o Instagram como uma “ameaça” e limitou recursos.
Essas declarações podem fortalecer o processo antitruste movido pelo governo dos EUA contra a Meta, que busca reverter a compra do Instagram em 2012. Durante o julgamento antitruste em Washington, Systrom destacou o rápido crescimento do Instagram antes da aquisição, com um aumento de 13 vezes no número de usuários em 2011.
Systrom acredita que o Instagram poderia ter lançado recursos como vídeos e mensagens privadas mesmo sem o suporte da Meta, utilizando infraestrutura própria através da Amazon Web Services. Ele emphaticamente afirmou que a empresa estaria apta a lidar com conteúdos problemáticos.
Ele também comentou sobre a luta interna na Meta por recursos, ressaltando sua frustração pela falta de investimentos adequados, especialmente após o escândalo da Cambridge Analytica. Systrom mencionou e-mails em que expressou preocupações sobre a escassez de pessoal, indicando que o Instagram não recebeu suporte para expandir suas funções, mesmo considerando sua importância para a receita da Meta.
A FTC busca demonstrar que a aquisição do Instagram e do WhatsApp pela Meta formou um monopólio ilegal nas redes sociais, e quer que o juiz James Boasberg cancele essas aquisições. Os advogados argumentam que o Instagram era um concorrente forte antes da compra. Em contraste, a Meta defende que o sucesso do Instagram se deu após aquisição, com apoio inestimável à sua infraestrutura.
Systrom reconheceu que o Facebook ajudou a impulsionar o Instagram antes da compra, mas criticou as limitações impostas à sua operacionalização e crescimento. O caso continua a ser avaliado no tribunal.