Coca-Cola venderá refrigerante de açúcar de cana nos EUA após pressão de Trump
Coca-Cola anunciará nova bebida feita com açúcar de cana nos EUA após pressão do governo. A empresa busca diversificar suas ofertas em meio ao crescimento das vendas e desafios no mercado de refrigerantes.
A Coca-Cola Co. anunciou o lançamento de um novo produto feito com açúcar de cana dos EUA, previsto para este outono. O anúncio, realizado na terça-feira (22), ocorreu após o presidente Donald Trump declarar que a empresa concordou em usar açúcar de cana.
O CEO James Quincey agradeceu ao presidente por seu “entusiasmo” pela marca. A companhia registrou crescimento em vendas e lucros no segundo trimestre, superando as expectativas de Wall Street. O crescimento anual esperado no lucro por ação é de cerca de 3%, acima da previsão anterior de 2% a 3%.
As ações da Coca-Cola caíram 1,2%, apesar de uma alta de 13% no acumulado do ano até 21 de outubro. A Coca-Cola, por muitas décadas, utilizou xarope de milho para adoçar seus produtos, mas a versão importada do México, feita com açúcar de cana, manteve uma base fiel de consumidores.
Analistas afirmaram que é "altamente improvável" que a Coca-Cola elimine completamente o xarope de milho, mas a introdução de uma linha de produtos com açúcar de cana é considerada viável, resultando em custos e preços mais altos.
A produção de açúcar de cana nos EUA deve representar cerca de 30% do fornecimento total na safra 2025-26, segundo o Departamento de Agricultura.
O novo produto reflete a pressão do governo Trump sobre a indústria, buscando mudanças sem novas leis. A “Comissão para Tornar a América Saudável Novamente” relacionou ingredientes como xarope de milho a condições de saúde como diabetes e obesidade infantil, mas não fez recomendações de políticas.
Apesar de uma queda de 1% no volume global no segundo trimestre, a Coca-Cola manteve crescimento ao oferecer embalagens menores e diversificar seu portfólio. Recentemente lançou um refrigerante prebiótico e está expandindo a marca Fairlife.
Os resultados mostraram um crescimento orgânico de 5% na receita e um aumento de 6% no mix de preços.