Coca‑Cola de Trump? Entenda quem toma decisões dentro da empresa global
Coca-Cola anuncia nova versão adoçada com açúcar de cana após intervenção de Trump, reabrindo debate sobre influência política em empresas. A mudança gera reações da indústria do milho e provoca questionamentos sobre quem realmente decide dentro da empresa.
Coca-Cola anunciou lançamento de nova versão do refrigerante nos Estados Unidos, adoçada com açúcar de cana, após intervenção do presidente Donald Trump.
Trump declarou em sua rede social, Truth Social, ter conversado com a empresa e a Coca-Cola confirmou a troca do xarope de milho pelo açúcar de cana, prevista para o outono deste ano. A decisão reacendeu debates sobre a influência política em corporações privadas.
Estrutura de Poder na Coca-Cola:
- Coca-Cola Company é uma multinacional listada na Nasdaq.
- Possui 3.514 acionistas, com 60% das ações pulverizadas e 40% em grandes blocos institucionais.
- Maior acionista individual é a Berkshire Hathaway com 9,29%.
- Principais investidores incluem BlackRock e Vanguard, que adquiriram ações da Trump Media.
Decisões Internas: Coca-Cola é gerida por comitês temáticos e supervisionada por um conselho internacional. O CEO James Quincey, em cargo desde 2017, entende o valor de uma Coca “mais natural” devido à sua experiência em mercados como Brasil e México.
Política e Marketing: A troca do adoçante está alinhada com a retórica política de redução de ingredientes ultraprocessados promovida por Trump. A nova Coca é vista como um produto-símbolo, apesar de estudos mostrando que açúcar e xarope de milho têm efeitos similares.
A mudança também provocou reações da indústria do milho, com a Corn Refiners Association alertando sobre possíveis impactos no emprego e custos.