Coalizão na Alemanha já apresenta fissuras sobre questão imigratória
A nova política de asilo do governo alemão provoca divisões internas no SPD e críticas de opositores. Enquanto a liderança conservadora defende medidas mais severas, vozes dentro da coalizão questionam a viabilidade e ética das propostas.
O novo governo alemão, liderado por Friedrich Merz, propõe política de asilo restritiva, controle de fronteiras e deportações para Síria e Afeganistão.
Após o acordo com os conservadores, surgiram fissuras internas no SPD, com questionamentos sobre as medidas em relação à imigração.
Aziz Bozkurt, presidente da comissão de migração do SPD, criticou o plano como desconexo e prejudicial à reputação do partido, que registrou uma das piores votações da história no último pleito.
Os 358 mil filiados do SPD votarão eletronicamente em breve sobre a adesão à coalizão. A ala pragmática do partido já garantiu sete ministérios importantes.
Merz recebeu apoio inesperado de Angela Merkel, que aprovou a nova política imigratória. A ex-premiê, conhecida por abrir fronteiras em 2015, destacou diferenças em tonalidade em relação à sua abordagem.
O governo da Áustria também elogiou o acordo de coalizão, mas a Suíça reagiu, estabelecendo que pode contestar as rejeições de solicitantes de asilo alemães em sua fronteira.