CNI diz que tarifaço é 'perde-perde para todos, mas principalmente para os americanos'
Estudo revela que a guerra comercial do presidente Donald Trump trará consequências diretas à economia americana e brasileira. A CNI alerta que a alta das tarifas pode resultar em perdas significativas e cortes de empregos nos dois países.
Guerra comercial: Presidente dos EUA, Donald Trump, institui tarifas que podem afetar negativamente economias globais, especialmente a americana e a brasileira, segundo a CNI.
Impactos diretos: Se tarifação de 50% sobre produtos brasileiros se confirmar:
- Queda de 0,16% no PIB do Brasil (R$ 19,2 bilhões).
- Queda de 0,37% na economia dos EUA.
- Perda de 110 mil empregos no Brasil, principalmente no agropecuário.
Causas: EUA enfrentam três desafios com as tarifas:
- Aumento do custo de insumos produtivos.
- Retaliações de outros países, como a China.
- Diminuição da demanda dos consumidores, afetando a atividade econômica.
Dados de comércio: Em 2022, o Brasil exportou produtos intermediários aos EUA no valor de US$ 21,9 bilhões e importou US$ 24,7 bilhões.
Presidentes da CNI: Ricardo Alban pede racionalidade nas negociações e afirma que a política atual é um "perde-perde", especialmente para os EUA.
Setores afetados: O Brasil verá quedas significativas nas exportações de:
- 11,3% de tratores e máquinas agrícolas.
- 22,3% em aeronaves e equipamentos de transporte.
- 11,3% nas exportações de carne de aves.
Tarifas comparativas: Brasil impôs tarifa média de 2,7% aos EUA em 2023, em contraste com as tarifas propostas.
Dependência: Cerca de 4,5% da indústria extrativa e 2,6% da indústria de transformação brasileira dependem do capital dos EUA.