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Clima extremo aumenta número de mortes evitáveis, diz estudo

Estudo aponta que temperaturas extremas têm causado mais de 142 mil mortes no Brasil entre 1997 e 2018. Pesquisadores alertam para a necessidade de estratégias de proteção social e infraestrutura urbana para reduzir a mortalidade relacionada ao calor e frio.

Estudo revela mortes por temperaturas extremas na Índia

Um estudo publicado em maio de 2025 na revista científica Temperature destaca que calor e frio extremos causaram a morte de mais de 34.000 pessoas na Índia entre 2001 e 2019. A pesquisa foi escolhida devido à combinação de vulnerabilidades, como alta densidade populacional e pobreza.

Os homens em idade produtiva foram os mais afetados pelo calor extremo, enquanto as mortes por frio foram distribuídas entre os gêneros. A mortalidade foi alta em estados com menor urbanização e menor gasto público, sugerindo que infraestrutura e proteção social podem servir como proteção.

A OMS estima que 489 mil pessoas morreram globalmente devido ao calor entre 2000 e 2019. Em 2003, uma onda de calor na Europa causou mais de 70 mil mortes.

No Brasil, um estudo de 2022 mostrou que cerca de 6% das mortes urbanas estão associadas a temperaturas extremas. E, entre 1997 e 2018, mais de 142 mil mortes foram registradas, sendo 113 mil por frio.

Além disso, as temperaturas extremas afetam principalmente populações vulneráveis, como idosos e recém-nascidos. O Brasil possui cerca de 282 mil pessoas em situação de rua, expostas às variações severas de temperatura.

O estudo alerta que as mortes silenciosas, causadas por temperaturas extremas, são uma preocupação crescente que pode ser amenizada com estratégias adequadas.

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