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Cientista agora admite que volta de lobo extinto é falsa

Cientistas contestam a alegação da Colossal Biosciences sobre a "desextinção" do lobo-terrível, afirmando que os animais são, na verdade, lobos-cinzentos geneticamente modificados. A controvérsia levanta questões sobre a ética e a verdade por trás da manipulação genética e seus impactos na conservação.

Colossal Biosciences anuncia "desextinção" do lobo-terrível: Em 7 de abril, a empresa americana Colossal Biosciences afirmou ter trazido de volta o lobo-terrível (Aenocyon dirus), a primeira espécie a voltar da extinção.

Após a divulgação, especialistas contestaram a alegação, resultando em uma polêmica. A cientista-chefe Beth Shapiro admitiu, em entrevista à New Scientist, que os "lobos-terríveis" são, na verdade, lobos-cinzentos (Canis lupus) com 20 modificações genéticas.

Shapiro destacou: "Não é possível trazer de volta algo idêntico a uma espécie que já existiu." O biologista Richard Grenyer questionou a discrepância entre a comunicação da empresa e a realidade.

Antes de aparecer na Time e na série Game of Thrones, o lobo-terrível foi apresentado pela Colossal em vídeos que mostravam filhotes supostamente clonados a partir de DNA antigo.

O processo envolveu coleta de DNA de restos fósseis e edição genética em lobos-cinzentos. Os primeiros filhotes, Rômulo, Remo e a fêmea Khaleesi, nasceram em 2024, mas ainda são considerados híbridos.

A validade da desextinção foi questionada por cientistas como Nic Rawlence, que argumentam que o DNA fossilizado está muito degradado para ser usado eficazmente em clonagem. Ele afirma que a Colossal cria um híbrido, não um lobo-terrível verdadeiro.

Shapiro afirmava que 99,5% do DNA de ambos os lobos é similar, mas isso não é suficiente para criar um animal idêntico. A empresa vê potencial na edição genética como forma de enfrentar a extinção de espécies, embora cientistas alertem que isso pode minar esforços de conservação.

Conclusão: A Colossal Biosciences faz avanços na ciência, mas a ideia de "desextinção" permanece controversa e questionada pela comunidade científica.

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