Cidades mineradoras tentam diversificar economia de olho no futuro
Cidades mineradoras buscam diversificação econômica para enfrentar a finalização da exploração de minérios. Iniciativas em municípios como Itabira visam garantir a sustentabilidade diante das oscilações do mercado global e a diminuição dos royalties.
Em abril, a Agência Nacional de Mineração (ANM) distribuiu R$ 406 milhões aos Estados e municípios produtores minerais, referentes à Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM).
Essa quantia é vital para 2.191 cidades, que recebem 80% dos royalties. Apesar do cenário favorável, a sustentabilidade exige preparação e diversificação econômica, para enfrentar as oscilações do mercado global.
Em Itabira, conhecida como Cidade do Ferro, a exploração do principal minério de exportação nacional terminará em 2041. O município, berço da Vale, simboliza a importância do planejamento prévio, segundo Waldir Salvador, da AMIG.
Assim como Itabira, as cidades de São Gonçalo do Rio Abaixo e Itatiaiuçu são altamente dependentes da mineração. Neste mês, receberam R$ 13,5 milhões e R$ 6,7 milhões do CFEM, respectivamente.
Ambas participam de um programa de desenvolvimento coordenado pela AMIG, que busca ampliar oportunidades econômicas a partir de fornecedores que atendem a diversos setores industriais.
Salvador ressalta que os fornecedores de mineração também são importantes para siderurgia, metalurgia e agricultura, indicando a necessidade de diversificação das origens dos recursos para reduzir a volatilidade no setor mineral.