HOME FEEDBACK

Cid diz ao STF que recebeu 'dinheiro' de Braga Netto em plano para monitorar Moraes

Tenente-coronel Mauro Cid revela em depoimento detalhes sobre suposto plano golpista e financiamento com dinheiro vivo. Investigação da Polícia Federal aponta Braga Netto como o principal responsável pelo financiamento da trama para capturar o ministro Alexandre de Moraes.

Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, depôs no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre receber dinheiro vivo do general Braga Netto no Palácio da Alvorada no fim de 2022.

Esse valor, segundo a Polícia Federal, teria como objetivo custear um plano para monitorar e capturar o ministro do STF, Alexandre de Moraes, dentro de um suposto plano golpista.

Cid relatou que o dinheiro estava em uma “caixa de vinho” e foi passado ao major Rafael Martins de Oliveira, acusado de viabilizar o plano chamado Punhal Verde e Amarelo.

Em diálogos investigações, foi discutido um pagamento de R$ 100 mil para levar manifestantes a Brasília. A quantia teria sido acordada em reunião no dia 12 de novembro na casa do general.

De acordo com a PF, Braga Netto era o “principal elo de financiamento” do plano para capturar Moraes, e mudanças nos relatos de Cid indicam obstrução de justiça por parte da organização criminosa.

Interrogatórios dos réus da trama golpista começaram nesta segunda-feira, conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no STF. Cid foi o primeiro a depor por ter feito um acordo de delação premiada.

Os interrogatórios seguem na ordem alfabética entre os oitos réus, que incluem, além de Cid e Braga Netto, os ex-presidentes e ex-ministros relacionados ao caso.

A sequência dos depoimentos está agendada para ocorrer durante toda a semana, podendo se estender na próxima.

Leia mais em exame