Cibersegurança precisa ser prioridade no mundo cripto, diz Larsen, da Ripple
Chris Larsen destaca a importância da cibersegurança para o futuro das criptomoedas, após ser vítima de um ataque hacker. Ele elogia a regulamentação brasileira e a inovação no setor, enquanto aponta para a necessidade de medidas mais robustas contra crimes digitais.
Chris Larsen, bilionário e cofundador da Ripple, defende que empresas de criptoativos devem investir mais em cibersegurança para evitar ataques de hackers e aumentar a confiança dos investidores.
Em entrevista ao Valor, ele destacou que, apesar das redes de registro distribuído (DLTs) serem seguras, as aplicações precisam ser fortalecidas para proteger os usuários.
A adoção institucional de criptomoedas cresceu, especialmente após a aprovação de ETFs de bitcoin nos EUA, envolvendo empresas como BlackRock e Fidelity. No entanto, ataques, como o da Bybit, que resultou no roubo de US$ 1,5 bilhão, geram receio nos investidores.
Larsen foi vítima de um ataque em janeiro de 2024, perdendo 213 milhões de XRP (US$ 112,5 milhões). Ele criticou a disparidade nas consequências legais para hackers, ponderando sobre os avanços das agências de combate a crimes digitais.
Sobre a regulamentação de criptoativos nos EUA, ele vê um futuro otimista, aguardando uma lei sobre stablecoins. Embora tenha apoiado a democrata Kamala Harris, ele considera que o governo de Donald Trump teve um desempenho melhor em relação ao ambiente cripto em comparação com Joe Biden.
Larsen comentou ainda sobre o Brasil, elogiando a postura dos reguladores e o lançamento do primeiro ETF de XRP no país. Ele vê potencial inovador no Brasil, especialmente com o projeto do Drex, uma CBDC para o sistema financeiro brasileiro.
Ele acredita que CBDCs e stablecoins podem coexistir, dependendo das políticas governamentais. Por fim, a Ripple adquiriu a corretora Hidden Road por US$ 1,25 bilhão, e Larsen defendeu que o mercado de stablecoins ainda tem muitas oportunidades a serem exploradas.