China vs. EUA: Ibovespa cai 3% e bolsa tem pior dia desde dezembro com guerra tarifária
A intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China provoca instabilidades nas bolsas globais e afeta diretamente o mercado brasileiro. O Ibovespa registra sua maior queda desde dezembro de 2024, refletindo o temor dos investidores diante da situação econômica internacional.
Duelo entre EUA e China provoca tremores nos mercados globais.
Após a retaliação da China às tarifas dos EUA, surgiram barreiras entre o Oriente e Ocidente, colocando o mundo à beira de uma guerra comercial.
O impacto é sentido até nas economias periféricas. O Brasil também foi afetado nesta sexta (4), com o Ibovespa caindo 3,5%, para 127.256 pontos, o menor nível desde 13 de março.
A queda foi impulsionada por um recuo de 2,96% apenas nesse dia, a pior desde 18 de dezembro de 2024. No ano, a valorização da principal carteira da B3 está em 5,8%.
Os investidores, temendo perdas maiores, movimentaram mais de R$ 23 bilhões na bolsa, acima da média diária dos últimos 12 meses de R$ 16,3 bilhões, o menor nível da bolsa desde 2019.
Segundo o economista Alexsandro Nishimura, mesmo que o Brasil tenha sido taxado em menor nível, a escalada tarifária resulta em uma queda na atividade econômica global.
A queda do Ibovespa foi puxada pelas produtoras de commodities, que têm grande representação no índice.
Em Wall Street, a situação foi ainda pior, levando investidores a buscar segurança em ativos de renda fixa.
A moeda americana se valorizou significativamente, com o dólar comercial subindo 3,68%, fechando a R$ 5,84. Esta semana, o dólar avançou 1,32% contra o real, mas ainda registra queda de 5,57% no ano.
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