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China vai pagar US$ 500 por ano para famílias com filhos de até 3 anos

China lança subsídios anuais para cuidados infantis em resposta à crise demográfica. O programa visa aliviar a pressão financeira sobre famílias e estimular o aumento das taxas de natalidade no país.

Governo da China anunciou, em 28 de outubro, o primeiro programa nacional de subsídios para cuidados infantis.

Objetivo: conter a queda nas taxas de natalidade e estimular o consumo interno.

A partir de janeiro de 2025, cada família receberá 3.600 yuans (cerca de US$ 503) por ano por criança com menos de três anos.

Medida será retroativa para nascidos entre 2022 e 2024, beneficiando mais de 20 milhões de famílias anualmente.

A iniciativa visa aliviar o peso financeiro da criação dos filhos e reduzir as "ansiedades de fertilidade".

Contexto: a população chinesa caiu pelo terceiro ano consecutivo em 2024, com 9,5 milhões de nascimentos e 10,9 milhões de mortes.

Projeções da ONU indicam que a população pode cair para 1,3 bilhão até 2050 e menos de 800 milhões até 2100.

Taxa de casamentos caiu 20% em 2024; apenas 6,1 milhões de uniões, o menor número em quase meio século.

Especialistas consideram que o valor do subsídio é insuficiente para reverter a situação no curto prazo, mas acreditam que pode ser um marco para políticas futuras.

Medidas regionais: cidades criaram incentivos próprios. Exemplo: Hohhot pagava até 100 mil yuans por um terceiro filho.

Em Tianmen, subsídios resultaram em 17% de aumento nos nascimentos em 2024.

Uma pesquisa de 2023, na província de Guangdong, mostrou que apenas 6,5% dos entrevistados desejavam ter três filhos.

As províncias definirão seus próprios calendários para a distribuição dos subsídios, com valores baseados em padrões internacionais.

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