China taxou os EUA de volta. Como mexe com o Brasil?
A China reage ao presidente dos EUA com tarifas de 34% sobre produtos norte-americanos, intensificando a tensão no mercado global. Especialistas alertam para um dia de alta volatilidade nas bolsas, especialmente na Europa e nos Estados Unidos.
China responde a tarifa dos EUA com taxação de 34%
Após Donald Trump anunciar um “tarifaço” contra quase todos os países, a China declarou, nesta sexta-feira (4), a mesma taxa de 34% sobre produtos norte-americanos. O dia promete ser tenso nas bolsas.
Segundo Alexandre Espirito Santo, economista-chefe da Way Investimentos, há expectativa de volatilidade, pois os investidores buscam proteção em meio à incerteza do fim de semana.
“Não sabemos se a guerra comercial vai escalar ou se alguém terá sangue frio para acalmar a situação”, diz ele.
Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx 600 estava em queda de 4,55%, por volta das 7h50 de Brasília. Outros índices também apresentavam quedas significativas:
- FTSE 100: -3,84%
- DAX: -4,60%
- CAC 40: -3,80%
- FTSE MIB: -7,16%
Marco Saravalle, estrategista-chefe da MSX Invest, destaca que a retaliação chinesa e a decisão da Opep+ de aumentar a oferta de petróleo podem impactar o mercado de commodities, pressionando os preços.
Por volta das 7h45, os índices futuros da bolsa americana apresentavam quedas:
- Dow Jones: -2,26%
- S&P 500: -2,20%
- Nasdaq: -2,39%
“A bolsa brasileira pode passar por pressão, mas deve ter um desempenho melhor em comparação com as bolsas norte-americanas”, conclui Saravalle.