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China suspende exportação de minerais usados na fabricação de carros, drones, robôs e mísseis

Medidas de exportação da China podem paralisar indústrias globais dependendo de ímãs e metais raros. O governo chinês impõe licenças especiais, causando incertezas no fornecimento para setores críticos como automotivo e tecnológico.

China suspende exportações de minerais e ímãs, afetando montadoras, empresas aeroespaciais e de semicondutores globalmente.

As remessas de ímpares essenciais foram interrompidas em vários portos devido a um novo sistema regulatório em elaboração. Além disso, a China limitou a exportação de seis metais pesados de terras raras, com restrições sobre as licenças de exportação.

A ação é uma retaliação às tarifas implementadas pelo presidente Trump desde 2 de abril. O controle sobre a exportação pode impactar gravemente os EUA, especialmente na produção de carros elétricos, drones e outros produtos que utilizam motores elétricos.

Michael Silver, da American Elements, afirmou que o processo para emissão de licenças pode levar 45 dias, causando escassez de suprimentos. Muitas empresas americanas mantêm baixos estoques de terras raras, ao contrário das japonesas, que já enfrentaram problemas semelhantes há anos.

A China produz 99% do suprimento mundial de metais pesados de terras raras e 90% dos ímãs essenciais. As novas restrições cobrem não só os EUA, mas também Japão e Alemanha, gerando incerteza no mercado global.

Autoridades chinesas estão variando a aplicação das novas regulamentações entre portos, dificultando ainda mais o comércio. A situação foi exacerbada ao mesmo tempo em que o governo Trump anunciou isenções em tarifas para alguns produtos eletrônicos.

Os depósitos mais ricos de terras raras estão na província de Jiangxi, com muitas fábricas localizadas na área. Xi Jinping já visitou fábricas de ímãs em momentos de tensão comercial, indicando a importância estratégica desse recurso.

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