‘China se prepara para evento como tarifaço desde 2018’, diz Fabiana D’Atri, da Bradesco Asset
China se prepara para possíveis tensões na guerra comercial com os EUA, reforçando sua economia sem pressa de negociações. Economista aponta que Pequim busca parcerias globais e adota medidas cautelosas em sua política fiscal.
China se prepara para "lutar até o fim" na guerra comercial, sem buscar uma escalada. Desde 2018, o país tem tomado medidas para estimular a economia e buscar novos parceiros internacionais.
A declaração é da economista Fabiana D’Atri, da Bradesco Asset Management, que afirma que não se deve esperar um "tiro de bazuca" em política fiscal, mas ações graduais.
A China não tem pressa em negociar com os EUA, que poderia enfrentar maiores dificuldades nesse jogo de forças. A desvalorização do yuan não é vista como uma prioridade no momento.
A seguir, os principais pontos da entrevista:
- Houve uma ruptura nas relações comerciais em 2017-18, durante o governo Trump.
- A China se reorganizou e buscou novos parceiros, focando em tecnologia e inovação.
- A comunicação entre setores acadêmico, empresarial e diplomático revela uma segurança na economia interna.
- A expansão fiscal foi cautelosa, mas se acelerou em resposta à desaceleração econômica.
- Desvalorização da moeda pode reduzir o diálogo com os EUA e causar saída de capital.
- O governo busca estabilidade da moeda para facilitar negociações.
- Próximos movimentos deverão ser focados em parcerias e acordos bilaterais.
- Projeção de crescimento da China para 2025 revisada de 4,7% para 4,2% devido às incertezas comerciais.
- Dados econômicos permanecem positivos, mas o monitoramento para potenciais desacelerações é necessário.
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