China rejeita aviões da Boeing e culpa tarifas de Trump
A China responsabiliza as tarifas americanas pela suspensão das entregas de aviões Boeing, evidenciando o impacto nas relações comerciais. Enquanto isso, a Boeing busca redirecionar aeronaves de clientes chineses a outros compradores devido ao ambiente tarifário desfavorável.
China suspende entrega de aviões da Boeing
Na terça-feira, 29 de abril de 2025, a China acusou os Estados Unidos de responsabilidades pelas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que resultaram na suspensão da entrega de novos aviões da Boeing.
O Ministério do Comércio da China afirmou que as tarifas americanas “prejudicaram o mercado internacional de transporte aéreo”, gerando instabilidade na cadeia produtiva global.
As tarifas americanas atingiram 145% sobre produtos chineses, enquanto Pequim impôs tarifas de 125% sobre importações dos EUA. O porta-voz do ministério expressou preocupação: “As companhias aéreas chinesas e a Boeing sofreram enormemente”.
A suspensão foi confirmada pelo presidente da Boeing, Robert Kelly Ortberg, em entrevista à CNBC, onde revelou que cerca de 50 aeronaves planejadas para entrega à China em 2025 foram afetadas.
Ortberg também mencionou a devolução de alguns modelos 737 MAX da China, afirmando que a empresa não esperaria muito para redirecionar esses aviões a outros clientes.
Trump criticou a decisão chinesa, sugerindo que a Boeing responsabilizasse a China. Em resposta, o ministério chinês destacou que “muitas empresas não conseguiram realizar atividades normais” por conta das tarifas.
A China expressou disposição para apoiar a cooperação comercial e reiterou a expectativa de que os EUA criem um ambiente estável e previsível para negócios.
Sem prazo definido para retomar a aceitação das aeronaves da Boeing, a disputa comercial, que afeta a companhia, ocorre em um momento de desafios com problemas de segurança e pressões de investidores.
Apesar disso, a Boeing reportou um prejuízo de US$ 31 milhões no 1º trimestre de 2025, uma melhora em relação ao prejuízo de US$ 355 milhões no mesmo período do ano anterior.