China reduz títulos do Tesouro dos EUA pelo 3º mês seguido
China continua a reduzir suas reservas de títulos do Tesouro dos EUA, atingindo o menor nível desde 2009. A venda dos papéis reflete uma mudança na estratégia de investimento e preocupações com o impacto fiscal do pacote de Donald Trump.
China reduz reservas em títulos do Tesouro dos EUA pelo 3º mês consecutivo.
As reservas de Pequim caíram de US$ 757,2 bilhões em abril para US$ 756,3 bilhões em maio, de acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA.
Esse é o menor nível desde março de 2009, refletindo uma tendência de desinvestimento acelerada pela guerra comercial entre os países.
De 2008 a 2018, a China foi a maior detentora de títulos. Hoje, ocupa o 3º lugar, atrás do Japão e Reino Unido.
Os títulos são ferramentas de financiamento do governo dos EUA, com influência significativa nas taxas de juros globais e considerados um investimento seguro.
A venda dos títulos indica que este investimento está se tornando menos atraente para a China. Atualmente, a dívida pública dos EUA ultrapassa US$ 36,2 trilhões.
Questões como a guerra comercial e a aprovação do pacote fiscal de Donald Trump em julho, que adicionará US$ 3,3 trilhões ao déficit em 10 anos, têm impactado essa decisão.
Economistas alertam que o pacote fiscal, mesmo sem potencial de crescimento econômico, pode comprometer as contas públicas e aumentar o déficit fiscal.