China propõe cooperação com a América Latina em período de ‘confronto geopolítico e protecionismo’
Xi Jinping destaca a importância de uma cooperação mais próxima com a América Latina em meio ao aumento do protecionismo global. Durante o IV Fórum Ministerial China-CELAC, ele criticou a hegemonia dos Estados Unidos e apresentou propostas para fortalecer laços econômicos e de desenvolvimento.
Xi Jinping, presidente da China, propôs nesta terça-feira (13) uma relação mais próxima com a América Latina e o Caribe, criticando o protecionismo dos Estados Unidos.
Pequim recebe governantes da região para o IV Fórum Ministerial China-CELAC, reforçando laços em meio à guerra comercial com os EUA.
Nos últimos 10 anos, a China intensificou sua cooperação econômica e política com a América Latina, que já foi considerada o “quintal” dos EUA. A CELAC, fundada em 2011, reúne 33 países.
A China é o principal parceiro comercial de Brasil, Peru e Chile, e seus investimentos estão alinhados com a Iniciativa Cinturão e Rota, com adesão de dois terços dos países latino-americanos.
O comércio entre a China e a região superou 500 bilhões de dólares (2,83 trilhões de reais) no ano passado, 40 vezes mais que no início do século, celebrou Xi.
Com o retorno de Donald Trump à Casa Branca, a América Latina é um campo de batalha no confronto entre os EUA e a China, pressionando países a escolher um lado.
No discurso de abertura do fórum, Xi criticou a “perseguição e hegemonia” de outras nações e propôs um fundo de 9,2 bilhões de dólares para desenvolvimento na região.
Para Xi, a América Latina e o Caribe têm uma longa história de amizade com a China, e ele deseja unir forças frente ao unilateralismo.
O presidente sugeriu maior cooperação em infraestrutura, agricultura, mineração, economia digital, energias limpas, e na luta contra o crime organizado.
O chanceler chinês, Wang Yi, mencionou que uma “certa potência mundial” está “obcecada” pela lei do mais forte e incentivou a América Latina a trabalhar com a China para defender seus direitos.
*Com informações da AFP