China pede que EUA cumpram acordo 'duramente conquistado' após negociações em Londres
China e EUA alcançam acordo preliminar após negociações intensas, visando reduzir tensões comerciais. A implementação do entendimento permitirá a retomada do fluxo de bens sensíveis entre os dois países.
A China celebraram um novo marco nas tensões comerciais com os Estados Unidos após duas dias de intensas negociações em Londres.
He Lifeng, vice-primeiro-ministro da China, destacou a necessidade de reforçar a cooperação e evitar "mal-entendidos" entre Pequim e Washington. Para ele, as partes devem ampliar consensos e manter o mecanismo de consultas econômicas.
Após as 20 horas de negociações, um acordo preliminar foi alcançado, visando implementar o consenso de Genebra do mês passado. A expectativa é que se resolvam as questões relacionadas ao envio de minerais de terras-raras e ímãs.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que o acordo ajudaria a eliminar preocupações sobre a aquisição de terras raras chinesas.
Reação do mercado foi moderada: futuros das ações dos EUA caíram levemente, enquanto o índice de ações chinesas subiu 0,8%. As Bolsas europeias apresentaram pouca variação.
As negociações buscavam prorrogar a trégua em Genebra, apesar de acusações mútuas de violação do acordo anterior. Autoridades dos EUA afirmaram que a China atrasava exportações de ímãs de terras raras, enquanto Pequim criticou restrições dos EUA sobre tecnologia.
A declaração recente representa um passo em direção à redução das tensões, mas não abordou ímãs de terras raras ou controles de exportação—pontos centrais das negociações. Ambas as delegações levarão a proposta a seus líderes.
“Assim que os presidentes aprovarem, buscaremos implementá-lo," afirmou Lutnick.