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China passa de provedora de capital para países mais pobres a cobradora de dívidas

Estudo revela que a China se tornou um grande cobrador de dívidas, com países em desenvolvimento enfrentando um recorde de pagamentos. Pressões internas para recuperar créditos estão transformando o ambiente financeiro global e aumentando a vulnerabilidade económica desses países.

China se torna cobradora de dívidas: estudo do Lowy Institute revela que o país, antes provedora de capital para nações em desenvolvimento, agora enfrenta crescentes pressões para recuperar créditos.

Em 2025, os países mais pobres pagarão US$ 22 bilhões em dívidas à China. A situação transformou Pequim de provedora a um dreno financeiro, com os custos da Iniciativa do Cinturão e Rota superando novos empréstimos.

Os principais destinos dos novos empréstimos agora incluem países como Paquistão, Cazaquistão e Argentina, focando em recursos críticos. Contudo, a ajuda ocidental não tem compensado a mudança, agravando as dificuldades enfrentadas pelos países em desenvolvimento.

Os pagamentos à China devem totalizar US$ 35 bilhões este ano, com 75 nações mais pobres contribuindo com a maior parte. O estudo alerta para uma tensão financeira crescente, que compromete setores essenciais como saúde e educação.

A partir de 2016, o colapso dos novos empréstimos levou a uma estabilidade em torno de US$ 7 bilhões anuais, muito abaixo do pico da década de 2010. Assim, a China passou a ser um dreno líquido em vez de um financista.

Os termos dos empréstimos, com períodos de carência de 3 a 5 anos, contribuíram para o aumento nos custos de serviço da dívida. Mais da metade dos países mais vulneráveis enfrentam alto risco de estresse da dívida.

O futuro da relação da China com a arquitetura internacional da dívida será crucial. A China enfrenta um dilema: recuperar dívidas pode afetar suas relações diplomáticas, enquanto suas instituições enfrentam pressão para manter a estabilidade financeira.

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